Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2005

DOMINGO ANTECIPADO

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Tudo indica que domingo vamos ter uma derrota nítida de Santana Lopes e o PS a olhar atarantado para a maioria relativa que se lhe sentou no colo, sem saber como lidar com ela.

A ser assim, o resultado também será uma derrota de José Sócrates e do PS que escolheu este líder. Porque talvez não volte a acontecer a circunstância de um partido ter um naipe de circunstâncias tão favoráveis como as que se lhe ofereceram no quadro fresco da incompetência máxima a governar que foi esta passagem de Santana Lopes por São Bento.

Merecidos são um e outro castigo. Na medida em que se entenda castigo como forma de punição de pecado. Mas a questão está em saber se interessa punir ou redimir.

Infelizmente, no caso, castigar não é parte da solução. A menos que houvesse hipótese de reedição com ajuste de casting, de dinâmica e, sobretudo, de projectos. Não é o caso. Porque estamos a falar de governação de um país em situação crítica dos pontos de vista da economia, do tecido social e da auto-estima.

Com maioria relativa do PS, impossíveis que são os entendimentos na banda esquerda (só por diletantismo, eles podem ser postos como exequíveis), das duas uma: ou saltamos para um processo de crises sucessivas (e o País aguenta?), ou então a configuração de, com um PSD revisto e liberto das tralhas santanista e barrosista e da aliança com um parceiro pérfido e vampiresco, a reedição de uma fórmula de bloco central (um retrocesso para a ambiguidade geradora de novas crises com o preço de nova descaracterização do PS e que desembocaria no acentuar do mito messiânico de Cavaco).

Pela minha parte, confesso, gostaria que Sócrates e o PS fossem castigados com a maioria absoluta, responsabilizando-os pelas mudanças necessárias. Melhor, absolutamente responsabilizados perante o País. Sem álibis de qualquer espécie e sujeitos a todas as pressões de esquerda. Com a festa possível do castigo adicional e merecido para quem andou armado em Primeiro-Ministro como se isso fosse parecido com ir beber um copo a um bar depois de jantar. Nas alternativas à vista, desconsolo por desconsolo, esta via parece-me a melhor para a esquerda e, sobretudo, para o País. Mas eu só tenho um voto. E não quero mais que este ínfimo poder de cidadania.











publicado por João Tunes às 22:58
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11 comentários:
De Joo a 18 de Fevereiro de 2005 às 23:26
Empatados que estamos quanto a "tralhas", siga a dança.


De Guedes a 18 de Fevereiro de 2005 às 17:27
Ora amigo João. Todos sabemos que partidos perfeitos não existem (estarei enganado?). O «nosso» PC sempre foi exemplar no que toca a livrar-se da «tralha» revisionista/renovadora e outros nomes que se lhes (me/nos) queira chamar! Está para nascer o partido livre de tralha... Mas arrisco a dizer que, caso venha a nascer, ao fim de pouco tempo alguém lhe encontrará «tralha» da qual precisará de se livrar!
Isto dava uma longa conversa...


De Joo a 18 de Fevereiro de 2005 às 17:22
Infelizmente não tenho o dom da tranquilidade do "Desatento". Mas enfim, quanto melhor, melhor.


De Joo a 18 de Fevereiro de 2005 às 17:20
Amen, cara TH? Será caso para rezarmos? Quando as coisas são por uma "unha negra", talvez seja a solução. Abraço amigo.


De Joo a 18 de Fevereiro de 2005 às 17:18
Felicidades tb para as "andorinhas", caro FM.


De Joo a 18 de Fevereiro de 2005 às 17:16
Caro Guedes, todos estaremos cá para o que der e vier. Porque, pelos vistos, ainda não é desta que é caso para emigrar. Depois, com mais tempo e calma, explicas-me quais são os partidos que não precisam de atirar tralha pela porta fora. É que é mesmo de um desses que eu ando à procura. E as felicidades são para serem partilhadas, porque senão não é felicidade, é egoísmo. Abraço (e boa sorte para domingo).


De Guedes a 18 de Fevereiro de 2005 às 15:16
Por mim tudo bem. O PSD que se livre da tralha barrosista e santanista. Falta, porém, que se cumpram mais duas ambições: o PS livrar-se da tralha guterrista e o PSD livrar-se, também, da tralha cavaquista!
Continuo preocupado com a possibilidade da maioria absoluta. Mas acredita que estarei cá para o que der e vier!
Um abraço (à esquerda)!


De Desatento a 18 de Fevereiro de 2005 às 02:05
Para mim a escolha é fácil. Voto naquele que me parece que se aproxima mais do que quero. Ou que evitará melhor o que não quero, o Santana/Portas. Voto PS. Sem estados d'alma.
Quanto ao "atento" acho que ele necessita é que lhe ofereçam um blog para fazer a sua campanha e entretanto aconselho-o a comprar uns sais na botica para não desmaiar no dia 20 e poder com mais fôlego carpir as mágoas.


De FM a 18 de Fevereiro de 2005 às 01:34
Muito lucidos, os seus comentários. Felicidades.


De atento a 18 de Fevereiro de 2005 às 00:58
NÃO SEJA RIDÍCULO!
Expressão útilizada pelo eng. José Socrates cada vez que confrontado com as suas incoerencias.
Ao nível de marketing politico, foi a forma que encontrou para tentar omitir a sua falta de preparação para as respostas , face a questões que a ele eram dirigidas, não somente por quem o confrontava , mas em nome dos portugueses.
Ou seja chamou de ridicúlo a cada portugues que não entendeu bem as propostas dele, mesmo das poucas.

Prometeu 150 mil empregos no início de campanha , no fim diz que é apenas um sonho pessoal.

Prometeu aumentar os reformados para 300 euros no inicio de campanha , a meio já prometia aumentar a idade da reforma e por fim diz que quando chegar ao governo vai estudar, só alterando alguma regra caso ache que o sistema esteja pronto para ruptura no dia seguinte( Palavras de Socrates)....

Prometeu a co-incineração nas cimenteiras de Souselas e Palmela, mas em souselas o deputado socialista Manuel Alegre , já disse não1 e em Palmela o dr António Vitorino , tambem já disse não!

Passou toda a campanha desviando as atenções para questões de foro pessoal, por vezes denegrindo a propria imagem e fazendo chacóta de expressões de outros candidatos, tudo para fugir a apresentação de propostas.

Hoje , final de campanha , nenhum socialista conhece nem uma só proposta do seu partido, pois as que faziam parte de seu programa , durante a campanha foram surgindo eliminadas por militantes socialistas.

Ridicúlo sim , é as sondagens que surgem agora mal explicadas , pois em Janeiro com 43% de votos directos e 48% contando com acumulação de indecisos , estavam PERTO da maioria absoluta.
Agora com apenas 34% de votos directos , ou seja menos 9% já tem MAIORIA ABSOLUTA.
Falta explicar o metodo de contagem , que o responsável pela sondagem , afim de fugir a responsabilidades disse:
"-Existem 14% de indecisos que provavelmente irão todos votar no PPD/PSD nas proximas eleições!
Talvez não seja necessário fazer nenhum desenho , para que todos entendam esta engenharia.
È para confundir o eleitorado centrista que recusa coligações com Jerónimo de Sousa e com dr Francisco Louçã.
Este eleitorado estava pensando em dar voto a partidos sem expressão , só para nao ver os RADICALISTAS no poder.

Assim vamos ter 3 em 1.
Vota num partido de esquerda e leva com 3 , que são o PS +CDU+BE

Desde que o sr presidente da república decidiu ficar sozinho a tomar conta do país , ate o desemprego atingiu nives records.
Mas a culpa não é toda impútavel ao sr presidente , pois falando com vários empresarios , ficou a garantia de com Socrates no governo , para alem de não investirem nada mais no pais , vão eleiminar postos de trabalho e há medida que as sondagens tornadas públicas a favor de Socrates foram aparecendo, assim o desemprego acompanhava...

A imprensa internacional não esta a perdoar nada ao PS e nem esqueceu o RUMO guterrista , alertando inclusivé ao risco económico que este partido ameaça de novo.
Os investidores internacionais , já iniciaram o fecho de posições bolsistas no nosso pais e diariamente lançam downgrades sobre as nossas empresas cotadas , tendo no dia de hoje atinjido o record.

Infelizmente tenho a convicção que o eng José Socrates vai voltar a dar a conhecer aos portugueses a palavra FOME...
Só apresentou discursos populistas, sem concretizar numca uma única medida .
A frase mais repetida na campanha pelo sr eng foi esta:
"- Estas eleições são boas para o Partido Socialista!"

Talvez sejam mesmo boas para o partido, mas quem paga a factura eu sei bem quem é



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