
Olhar através de um rio faz bem. Não que conte a outra margem e muito menos saber se lá se chega ou não. Basta saber que ela lá está. E que, se quisermos, podemos tentar ir lá e de lá voltar. Ou por ali ficar, olhando o rio ao contrário. Um rio é tanto um espelho, uma passagem, uma paragem, uma viagem. Pobres os que gostavam que os rios tivessem uma margem só e que assim, com uma facada na ambição do sonho, conseguissem congelar a imaginação.