
Olhar através de um rio faz bem. Não que conte a outra margem e muito menos saber se lá se chega ou não. Basta saber que ela lá está. E que, se quisermos, podemos tentar ir lá e de lá voltar. Ou por ali ficar, olhando o rio ao contrário. Um rio é tanto um espelho, uma passagem, uma paragem, uma viagem. Pobres os que gostavam que os rios tivessem uma margem só e que assim, com uma facada na ambição do sonho, conseguissem congelar a imaginação.
De IO a 11 de Novembro de 2004 às 11:01
Amo este rio, que faz comigo duas viagens de comboio por dia. E não me canso de pousar os olhos na calma que me entrega.
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