“Pela Tradição, sabe-se que Portugal, extremo do Ocidente europeu, abençoado na sua fundação com a aparição espiritual de Cristo a D. Afonso Henriques, tem a missão de manter tal ligação, compreender a linguagem dos pássaros e da Natureza, harmonizar os opostos pela luz interior, ser um dinamizador inteligente e eucuménico da irmandade planetária, profetizada entre nós desde Santa Isabel, como a era do Espírito Santo. A presidência da UE por um português poderá impulsionar o vaticinado, por Fernando Pessoa, V Império, europeu e de cultura, que fará a paz em todo o mundo…”

(Pedro Teixeira Pinto, em Borda d’Água para 2005, acabadinha de comprar a um cigano romeno que me cobrou uma comissãozinha sobre o preço de capa).

Por um preço irrisório (euro e meio), acabei por desvendar um dos meus muitos e tormentosos enigmas – qual a missão de Portugal no Mundo? Afinal, a identidade não é nada cara. O mais pobre dos pobres tem-na ao alcance do bolso (um arrumador pode tê-la ao fim do segundo automóvel estacionado). A partir de agora, como português, vou gostar mais dos portugueses. Obrigado Borda d’Água.