
Já aqui fiz o elogio da governação de Zapatero e do novo posicionamento que a política deste governo socialista de Espanha está a trazer de boa novidade.
Mas como nenhuma bela consegue evitar o senão, lamento aquilo que, no meu ponto de vista, são as duas grandes nódoas
zapateras visíveis na política externa espanhola:
- O recuo de Zapatero na pressão democratizadora sobre Cuba e que o
Fumaças destacou. Este alívio na pressão sobre Fidel, até agora praticada pela EU, em que a Espanha quererá marcar trunfos (pois, os interesses da hotelaria espanhola na Ilha
), aparecendo como
terceira via e distanciando-se da política comunitária, demonstra fraqueza e, dessa fraqueza, Fidel extrairá a leitura de que tem as mãos mais livres para continuar a oprimir e a reprimir.
- A cobertura que a Espanha está a dar aos militaristas da NATO (aqui equilibrando, perante a Administração Bush, o ónus da posição quanto ao Iraque?), tentando que a admissão da Turquia na EU passe disfarçada e distraidamente, alimentando a vertente de reduzir a EU a uma cúpula que toma decisões administrativas enquanto as populações
calam e consentem. No caso, consumando a grande operação de reduzir a EU a um suporte económico e social da geoestratégia da NATO.