
Passeio de
faluca pelas águas do Nilo é prazer que não pode faltar. Sobretudo no curso (relativamente) largo entre as margens de Assuão (cidade), sentindo as águas mansas e de azul intenso, saltarem, levantando dedos de espuma para acariciarem o bojo do pequeno veleiro.
Já desconfiava mas confirmei rapidamente que a cantada
faluca não era mais que cópia da
falua que, no Seixal, se passeia pelo Tejo. Afinal, versão reduzida da velha
fragata com que, em menino, ainda vi transportar bens pelo Tejo e alimentando a velha classe dos
fragateiros barreirenses e que Mestre Augusto Cabrita imortalizou na sua arte de fotógrafo genial.
Dizem eles que quem não se banha no Nilo, perde a grande oportunidade de ser feliz. E a
faluca, navegando e aportando na zona mais límpida do Nilo, oferece essa oportunidade de boa venturança. Acreditei é claro, ali o prazer é exclusivo dos crédulos. Mas resisti a ser feliz com tanta facilidade. A minha namorada e o Pedro não se fizeram rogados. Ainda bem. Sejam eles felizes que eu logo fico pronto para ir para o céu.
(Foto de Pedro Tunes)