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A nova política de relacionamento da União Europeia com Cuba, impulsionada por Zapatero, levou a duas coisas:
- O governo cubano normalizou o relacionamento com as embaixadas europeias (incluindo Portugal);
- Fidel deixou sair em liberdade
precária catorze dos
75 escritores, jornalistas e outros dissidentes cubanos encarcerados em Março de 2003.
Zapatero e União estão satisfeitos. Outros, nem tanto, porque gostam tanto de Fidel que lhe esquecem (o esquecimento é muito mais que um perdão) os presos de consciência (para alguns desses, cada preso de Fidel será até um acto de bravura contra Bush). Sobram os que continuam a pensar que os
61 presos de opinião do
grupo 75 que restam nas masmorras, mais as centenas de outros divergentes igualmente enjaulados, são filhos da mesma mãe (Liberdade, chama-se ela). E que esta mãe, como outra qualquer, não deve discriminar filhos no direito de serem adultos na opinião.
Não há que fugir das palavras. É uma vergonha que se normalizem as relações com uma ditadura, contando-lhe os presos políticos pelos dedos, num negócio de aparência de boa vontade e de abertura.