
Há coisas que só vistas. E, quando revistas, não se querem acreditar. Porque impensáveis. Esfrego os olhos, eles ardem do esfreganço e dão ordem de parar. Passo ao arregalar, batem nas lentes e voltam atrás. Porque o espanto é mais que muito. Demais. Mas nada a fazer. Este é um paÃs pequeno, do tamanho da concha da mão. Cheio de mediocridade com gente grande por dentro. Sem vez nem hora de se notarem. Salvando-nos as excepções.
Dou a volta pelo ciber-mundo, que eu imagino do tamanho do mundo mas isso é apenas ilusão. Esta treta ainda é uma aldeia da cidade que será. Procuro
Celebridades, no fastio de navegar a pesquisar, e aparece-me, logo a abrir, este
Trio MagnÃfico (os de primeiro plano, mais a vermelhusca na espreita ao fundo).
Olha que três! Conhecidos de gingeira. Gostados com a verdade do gostar.
Uma, a da ribalta de pose, já disse, é três quartos irmã minha (só falta o quarto da irrelevância do sangue misturado). O de
babette à pastor anglicano foi (e continua a ser) uma referência de toda uma vida profissional partilhada em lutas e em sonhos por empresas humanas e não desiste de ser
um poeta da imagem e do sentir solidário. A do fundo (e quantas vezes no fundo se encolhe a grandeza disfarçada?), aturou-me no alinhanço do espeto de palavras, eu como director (!) de um jornal com um nome cretino (
Força Unitária) - o sindicalista das grandes orientações (e grandes desvios, diga-se) – e ela como chefe de redacção (e a equipa acabava aqui), contando lutas, apelando a lutas e tentando refrescar ideias, ela agora usando pseudónimo igual a nome de cantora, a plantar, quando calha, lindos textos no
blogue do esposo.
Pois todos andam ao
bloganço. Todos por aà (aqui), com as suas artes que não procuram disfarçar manhas por mÃngua delas. Gente de palavra fácil e enfeitada e coluna direita. Mas que eram
célebres, confesso que não o sabia. Nem pela ideia mais ténue isso me passaria. Antes assim. É tempo de meus amigos admirados chegarem-se à frente, nos seus plantios de sensibilidade dos sentires. Para deprimir, chega o que chega.
Deduzo que a foto caçada se refira a lançamento dos novos e futuros deputados. Se assim for, digam por onde correm que eu já confessei ser cidadão de voto irrequieto. E sou muito mais fiel aos amigos que aos partidos.
Recolho-me à minha modesta função de
adesivo na mistura com tamanhas
celebridades. O palco é todo vosso. Permitam-me só que, aqui da galeria, vos envie, neste inÃcio de ano, dois beijos e um abraço. E, já agora, dão-me autógrafo na saÃda da performance? Obrigado.
De João a 8 de Janeiro de 2005 às 17:29
Abraço Victor, as melhoras rápidas estimada Ana.
De
Ana a 8 de Janeiro de 2005 às 16:29
Ohhh... acabei de ler
Desculpa o breve comentário (Estou em casa, bastante doente, com – vejam_me bem esta!!! - ...uma bronco-pneumonia!!!!... por certo pela passeata no frio nocturno, pelo fim do Ano, em cima de um constipanço)
Beijinhos aqui ao meu amigo João Tunes, extensivos ao ViKtor e à Guida.
Até breve... (Recolho-me à cama e á acção dos antibióticos)
De
Vicktor a 7 de Janeiro de 2005 às 18:25
Querido Amigo João. Sou teu assÃduo leitor e sempre me sinto encantado com os teus textos e a forma tão bela como os escreves. Na maioria das vezes não comento pois para tal não sinto capacidade. Sou adepto do comentar para enriquecer e os teus textos tem valor acima das minhas modestas capacidades. Então leio, delicio-me e aprendo. Não resisti agora em deixar algo por aqui escrito, por te teres referido a esta aldeia tão pequenina que é o nosso espaço. Sabes que com a Ana e o Victor (o esposo do blogue) tivémos uma empatia instantânea quando chegámos em simultâneo ao encontro polÃtico para tratarmos da nossa lista de deputados? Tenho a certeza que irás a partir de agora votar na nossa lista pois já declaraste ser o nosso "cabeça de lista" a tua preferência para Presidente. Somos comedidos em gastos, não vamos sacrificar o Povo com novos impostos, vamos encher este mundo de belas imagens, de sabores e odores, de afecto e de solidariedade. Esperamos ter-te presente com os teus saberes e sentires na II Convenção... da Paparoca, lá pelas terras da Infanta Planura. Um abraço amigo.
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