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O santanismo é, sempre foi, uma simplificação. Em termos políticos, será sempre a arte de tornar o exigente, o complexo, o difícil, o vasto, o projecto, o desafio, num axioma traduzido num slogan que desperte emoção. Como ciência de lidar com o real, é uma vulgata de marketing de atracção pela simpatia. E isto é o melhor do santanismo. Porque o pior, o mais profundo do santanismo, são os interesses que passam silenciosamente na zona sombria do palco - os que se governam com Santana e que nunca seriam o que são através da exigência, do rigor e da transparência. Usando a capacidade de Santana atrair holofotes para dar margem de penumbra. Que oferece drama e comédia de entretenimento para que os coronéis dos interesses se amanhem, compondo o cinto nas suas barrigas impacientes.
Por ironia de imagem, Santana foi despedido no dia em que resolveu aparecer em Belém com um dossier debaixo do braço. O que, a estas horas, já deve ter confirmado, perante o íntimo de Santana, o azar que lhe dão os dossiers. O que é uma forma de dizer, porque ninguém me tira a convicção de que Santana, desde o primeiro minuto em que se viu investido em
Primeiro, esperou impaciente o momento em que Jorge Sampaio não o ia suportar em tal cargo. E aquele ar abatido, solenemente abatido, representado, com que Santana arrastava o ridículo e o absurdo de ser
Primeiro, era apenas a antecipação da vitimização quando se tornasse insuportável, mesmo para a capacidade de paciência conciliadora do Presidente da República. Finalmente, o desejado tornou-se inevitável.
A campanha de Santana e do PSD, vai ser a mais primária de todas as campanhas. Pior que a da
tanga de Durão. Santana, sabendo que nunca convencerá através do projecto, fará o melhor que sabe o papel de vítima. No caso, com ou sem incubadora, fará o papel de bebé chorão apelando ao instinto maternal da mamada extra de votos para lhe acalmar o mimo. E o homem que lhe permitiu ganhar a lotaria de, por meses, ser
Primeiro, vai ser o bombo da festa. Simples. Indigente. Em demasia.