![deathofasalesman[1].jpg](http://agualisa.blogs.sapo.pt/arquivo/deathofasalesman[1].jpg)
Durante décadas, Arthur Miller personalizou, em todo o mundo intelectual que detestava a América, a
excepção. Ele era o
americano bom, a redenção
pela esquerda da pátria imperial. Para mais, a direita americana tratava-o muito mal. Quando, em boa verdade, nunca foi mais que um liberal. Aqui, entre nós, pagaria por falta de lastro marxista. Mas, na
má América, ele era um
próximo de nós. E deu uma mão à Monroe que passou de
menina oca à categoria de
mulher interessante e foi assim que esta loira bonita de belas pernas, entrou na categoria dos ícones da esquerda. Essa uma das obras de Miller.
Excelente trabalhador de textos, grande dramaturgo. Nunca me esqueceu a
Morte de Um Caixeiro Viajante representado no saudoso TEP no Porto, encenado por António Pedro. Um dos grandes momentos de teatro que me foi grato viver. E
As Bruxas de Salem, outra grande peça, quantas vezes só lida em sentido único quando ela se aplica, como metáfora, a muitas e variadas situações.
Arthur Miller saiu de cena. Uma grande perda.