![paulface-m[1].jpg](http://agualisa.blogs.sapo.pt/arquivo/paulface-m[1].jpg)
A última bomba da ETA em Madrid volta a colocar a questão do terrorismo em regimes democráticos. E das dificuldades
políticas em lidar com ele. Ou seja, quando se cai na ilusão que um bando terrorista, devido à sua patologia, pode ser contornado para além do
caso de polícia que é.
Desde o
11 de Março, que a ETA aparentava estar ou
em extinção ou
adormecida. Nem uma coisa nem outra, como se vê. Debilitada, talvez, e sobretudo porque França deixou de ser-lhe um santuário seguro. Mas também a viver do
crédito de benevolência que Aznar lhe meteu na conta da opinião pública pela pressa mentirosa em acusar a organização da autoria da matança de 11 de Março.
O Estatuto Basco que foi uma jogada anti-constitucional do PNV, também foi uma cartada provocatória que contou com a aliança do
Batasuna (marionete política da ETA) e, desse modo, relançou a velha aliança entre os nacionalismos bascos os serôdios e os da bomba. Acabou por ser, como se vê, uma forma de incentivo à reentrada em cena da violência criminal.
O governo Zapatero demonstrou firmeza a lidar com a provocação do PNV. Mais firmeza precisará ao lidar com o terrorismo que tenderá em crescer (até em relação directa com o seu desespero). A mão estendida a assassinos só traz mais sangue para cima da mesa.